Reflexões, notas, impressões, apontamentos, comentários, indicações, desabafos, interrogações, controvérsias, flatulências, curiosidades, citações, viagens, memórias, notícias, perdições, esboços, experimentações, pesquisas, excitações, silêncios.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

O nó górdio

No weblog de Luis Filipe Menezes apareceram vários textos retirados da Wikipédia e vários websites, assinados pelo próprio e sem qualquer referência à respectiva fonte. As postagens dizem respeito a Miguel Torga, à bomba de Hiroshima e ao desaparecimento de Antonioni e Bergman. Já depois de a notícia ter sido divulgada, o candidato à liderança do PSD corrigiu o tiro: ao mesmo tempo que enviava uma nota à imprensa, editou as fontes nos lugares próprios. Qual o significado do episódio? Escasso, pois só confirma a ideia que já tinha de LFM: um poço de contradições, populismo q.b., zero em ideias, menos que zero em projecto. Uma autêntica reedição do Lopes, revista e aumentada, com pronúncia do Norte. Além disso, escreve francamente mal. A propósito, vejam-se alguns excertos da postagem "Os Nós e os Laços" (será que LFM procurou criar ambiance com o romance homónimo de António Alçada Baptista, ou foi simples coincidência? Não se sabe): "Existe uma matriz, diria, genética nesta maneira de ser..." (o diria no início da frase é tipicamente politiquês e a vírgula inexistente após genética faz a diferença. Para pior); "a excessiva e asfixiante burocracia, é um dos nós mais górdios que nos estrangulam o desenvolvimento" (um dos nós mais górdios? quais serão os menos górdios? e não será a burocracia, por si só, um excesso?). Enfim, espero que LFM se mantenha entretido a compor a marginal fluvial de Gaia e não nos mace durante muito tempo com os seus ditirambos.

Sem comentários:

Enviar um comentário