O autor desta obra, Pedro Fonseca, é jornalista e "blogger" activo. A edição é do Centro Atlântico, Famalicão, 2007.
Como se diz na introdução, o "livro recorda e organiza seis casos, nacionais, pioneiros na emergência de problemas inesperados no mundo dos blogues. Alguns acabaram nos tribunais - acusados no âmbito do Código Penal e dos crimes contra a honra. Outros mostraram os limites da liberdade de expressão." Os episódios relatados que abalaram a blogosfera lusa são: a acusação de plágio a Miguel Sousa Tavares, no Freedom to Copy (anónimo); o ataque informático ao Abrupto, de Pacheco Pereira; o despedimento de jornalistas do Primeiro de Janeiro, após terem denunciado várias situações daquele jornal no Diário de um Jornalista; a denúncia, em primeira mão, das irregularidades no percurso académico de José Socrates, em Do Portugal Profundo, de Balbino Caldeira, a que se seguiu uma participação criminal por parte daquele; o caso Chicken Charles, um blogue satírico, em que o eventual autor, com o mesmo pseudónimo, foi perseguido pelo Presidente da Câmara da Covilhã, por o ter alegadamente difamado; por último, o célebre Muito Mentiroso, que divulgou informações bombásticas sobre a investigação do caso Casa Pia cobertas pelo segredo de justiça, o que determinou o seu encerramento voluntário.
Comentando a obra no suplemento "Digital" do Público de sábado, escreve Eduardo Cintra Torres: 'três aspectos sobre a blogosfera: Primeiro, hoje, ela faz parte do circuito mainstream da opinião e da informação, seja a nível local, seja a nível nacional. Segundo, (...) a blogosfera é sem dúvida um espaço público adicional de "verdades inconvenientes" e comentários inconvenientes, que os seus autores não conseguiriam transmitir através dos media tradicionais, como é o caso dos sufocantes meios autárquicos da província ou no âmago dos próprios media. Terceiro, a estrutura legal, policial e judicial não tem ainda as ferramentas adequadas para tratar os blogues como media não convencionais, correndo-se o risco de alguns deles, que prestam um serviço público igualmente não convencional, serem alvo de uma dupla censura: a que tentaram romper e a que se abate depois sobre eles em representação do "sistema".' (edit meu)
Como se diz na introdução, o "livro recorda e organiza seis casos, nacionais, pioneiros na emergência de problemas inesperados no mundo dos blogues. Alguns acabaram nos tribunais - acusados no âmbito do Código Penal e dos crimes contra a honra. Outros mostraram os limites da liberdade de expressão." Os episódios relatados que abalaram a blogosfera lusa são: a acusação de plágio a Miguel Sousa Tavares, no Freedom to Copy (anónimo); o ataque informático ao Abrupto, de Pacheco Pereira; o despedimento de jornalistas do Primeiro de Janeiro, após terem denunciado várias situações daquele jornal no Diário de um Jornalista; a denúncia, em primeira mão, das irregularidades no percurso académico de José Socrates, em Do Portugal Profundo, de Balbino Caldeira, a que se seguiu uma participação criminal por parte daquele; o caso Chicken Charles, um blogue satírico, em que o eventual autor, com o mesmo pseudónimo, foi perseguido pelo Presidente da Câmara da Covilhã, por o ter alegadamente difamado; por último, o célebre Muito Mentiroso, que divulgou informações bombásticas sobre a investigação do caso Casa Pia cobertas pelo segredo de justiça, o que determinou o seu encerramento voluntário.
Comentando a obra no suplemento "Digital" do Público de sábado, escreve Eduardo Cintra Torres: 'três aspectos sobre a blogosfera: Primeiro, hoje, ela faz parte do circuito mainstream da opinião e da informação, seja a nível local, seja a nível nacional. Segundo, (...) a blogosfera é sem dúvida um espaço público adicional de "verdades inconvenientes" e comentários inconvenientes, que os seus autores não conseguiriam transmitir através dos media tradicionais, como é o caso dos sufocantes meios autárquicos da província ou no âmago dos próprios media. Terceiro, a estrutura legal, policial e judicial não tem ainda as ferramentas adequadas para tratar os blogues como media não convencionais, correndo-se o risco de alguns deles, que prestam um serviço público igualmente não convencional, serem alvo de uma dupla censura: a que tentaram romper e a que se abate depois sobre eles em representação do "sistema".' (edit meu)
No caso do presidente da câmara da covilhã só foi pena os esquemas que ficaram por denunciar.
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