"Os critérios de avaliação do nosso 9º ano não passam de um sintoma de uma realidade maior e mais triste: o lento "regresso" do Ocidente a uma nova espécie de barbárie. Nunca se gastou tanto dinheiro em "cultura" e nunca a cultura foi tão universalmente desprezada.(...) A linguagem pública (religiosa, política, jornalística, musical, literária, cinematográfica, universitária) empobrece dia a dia. A conversa, como arte, morreu, porque as pessoas não têm interesse em dizer e muito menos interesse em ouvir. O Estado anda a educar as nossas queridas criancinhas para este mundo. Que outra coisa seria de esperar?"
Vasco Pulido Valente, no "Público" de ontem
NOTA: Na coluna dos leitores do mesmo jornal, vociferava outro dia uma professora contra a intolerável "ingerência" da sociedade e da opinião pública em relação aos critérios de avaliação da prova de Português do 9º ano. "A Educação aos professores"! Bramia ruidosamente, em tom de slogan de manifestação, na linha de "A Terra a quem a trabalha" e sucedâneos. Ficamos a saber que a docente teve um elevado índice de participação em RGA s e manifs, quem sabe se na altura do PREC; que provavelmente utiliza o eduquês hermético para analfabetizar os jovens, as vítimas dos infindáveis sistemas pedagógicos - onde proliferam maravilhas como "competências", "capacidade crítica", "valências", "aprender é fácil", etc. Aquilo que iluminados pedagogos do ME gostam de "implementar" sazonalmente. Vamos pagar muito muito caro este delírio.
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