Parece que existe um programa na TV chamado "A Bela e o Mestre". Por uma questão preventiva, nunca tal produto veio ter comigo, nem eu com ele. Se calhar fiz mal, pois a diluição televisiva da tragédia e da comédia é o atalho mais directo para a estupidez, o desodorizante de que se nutre o homo videns. Chegámos então às inanes manifestações de saber exibidas no "porgama" em causa e elencadas por JPP no Abrupto:
"As meninas esforçaram-se bastante para consolidar a sua posição de burras. O cômputo geral do programa acrescentou mais uma série de spoonerisms ao escasso catálogo nacional (o britânico é vastíssimo), com uma “pluriosidade” no clima da Madeira, o “multimato”, o “conflito israelo-pasteliano” e a “mesopausa”. As meninas não sabiam a capital do Iraque, nem quem era Fidel, mas sabiam que a capital da África do Sul era Moçambique, quem era Margaret Tish, vulgo Tatcher, e achavam que o “bailado típico do Ribatejo era o flamenco”, que a canção era “se uma gaveta voasse”... Não está mal e um dos mestres disse e muito bem que “a Vera tem falta de desconcentração”, o que também não está mal."
Não se riam. São "produtos magníficos do sistema escolar português" e da formatação televisiva.
"As meninas esforçaram-se bastante para consolidar a sua posição de burras. O cômputo geral do programa acrescentou mais uma série de spoonerisms ao escasso catálogo nacional (o britânico é vastíssimo), com uma “pluriosidade” no clima da Madeira, o “multimato”, o “conflito israelo-pasteliano” e a “mesopausa”. As meninas não sabiam a capital do Iraque, nem quem era Fidel, mas sabiam que a capital da África do Sul era Moçambique, quem era Margaret Tish, vulgo Tatcher, e achavam que o “bailado típico do Ribatejo era o flamenco”, que a canção era “se uma gaveta voasse”... Não está mal e um dos mestres disse e muito bem que “a Vera tem falta de desconcentração”, o que também não está mal."
Não se riam. São "produtos magníficos do sistema escolar português" e da formatação televisiva.
Delirante...
ResponderEliminarGil,
ResponderEliminarRealmente é absolutamente. Gosto sobretudo de cantar "uma gaveta voava, voava, na tua cara bem assentava" como passou em muitas RGAs, embora fossem mais cadeiras sem disciplina.
Mas sê também (temos todos que ser) um descobridor da compreensão: compreender tudo é perdoar tudo. A língua está a mudar.
Repara que até tu cometeste um erro, próprio da má pronúncia dos faladores. É Thatcher e não Tatcher. Se estivesses a ser examinado para Mestre, talvez o júri te julgasse " à bela".
Mas rir é sempre bom.
André
André:
ResponderEliminarO erro é do JPP, o qual citei. Seria ele a ir ao júri. Mas isso pouco interessa.
Por outro lado, não creio que a compreensão seja o principal, neste caso. Mas sim pôr em evidência a iliteracia que grassa no nosso país, mascarada com os números elásticos do "sucesso" escolar apresentados à UE.