Não há nada menos apropriado para tocar numa obra de arte do que a linguagem crítica, no qual tudo se reduz sempre a alguns equívocos mais ou menos felizes. As coisas estão longe de ser tão compreensíveis ou exprimíveis como geralmente nos querem fazer crer; a maior parte dos acontecimentos é inexprimível e ocorre num espaço em que palavra alguma pisou. Mais inexprimíveis do que qualquer outra coisa são as obras de arte, — seres repletos de mistério, cuja vida perdura junto à nossa vida mortal e efémera.
Rilke, in “Cartas a Um Jovem Poeta”
É sempre bom lembrar estas evidências
ResponderEliminarHavia um pré-socrático que dizia´:há que buscar as palavras a partir das coisas e não o contrário. E acrescento eu: porque não buscá-las na música, por mero efeito do acaso?
ResponderEliminarSe calhar porque na música não se encontram. Ou pelo menos, aquelas que se esperava.
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