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sexta-feira, 21 de julho de 2006

Fragmento Dois

lágrima a lágrima
o sol da terra destila
a respiração das pedras

a inquieta passagem
do vento
por entre as áleas:

aparição fugaz
a da hera
quando abraça a árvore

in "Labirintos"

1 comentário:

  1. Boa Gil, é bonito. Sobre a rapariga que chora lembrei-me de uma vez, na Damaia, ter ido ao encontro de uma rapariga com o queixo em sangue, a chorar. Agarrou-se a mim, sem saber o que dizer. Perguntei-lhe o que se passava. Nao soube responder. E partiu. No dia seguinte vi-a a passear docemente com o namorado que lhe devia ter dado um murro no dia anterior. A dor não tem explicação, nem na estupidez. Só resta lutar até à exaustão, sempre virado para a luz.Que o Arcanjo S=ao Miguel tenha piedade dos guerreiros como nós.

    André

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