A maioria dos homens é muito simples. Já as mulheres não, as mulheres complicam.Uma mulher nunca tem um namorado que não lhe liga, tem um namorado com traumas de infância que o impedem de comunicar. Uma mulher nunca tem um colega que não lhe liga, antes um ser torturado entre o afecto e o dever e não sabe o que fazer. Não tem um bandalho traidor e mentiroso, tem uma alma sensível com medo da intimidade e síndrome de Peter Pan e uma desgraçada de uma história de vida traumática que lhe explica os comportamentos menos ortodoxos. Para as mulheres é impossível aplicar o princípio de Occam, de eliminar o mais complicado para chegar à verdade. As mulheres, no geral, passam horas em análise depois de um encontro, depois de uma discussão, quando têm uma relação complicada. Reúnem as amigas em conselho de guerra e analisam, esmiúçam, dissecam cada palavra, cada gesto, cada atchim até lhes dar um sentido oculto e complexo. As mulheres são exímias intérpretes de sinais não verbais e de desejos subliminares, quer eles estejam lá, quer não. É a desvantagem de usar o lado direito e o lado esquerdo do cérebro. Os problemas de entendimento entre os sexos devem-se a questões de diferentes processos mentais e não só a educações e culturas diferentes para ambos os sexos. É verdade que muitos homens são complexos, mas no geral, quanto a emoções (não confundir com comoções), são claros como a água. Como diz um personagem do filme O Declínio Do Império Americano: "quando amo sinto desejo, e quando não desejo, não amo". Mainada. No geral, muito poucos homens fazem jogos mentais. Quando são opacos, esfíngicos, esquivos, é porque simplesmente não estão interessados. Só as mulheres conseguem ser tortuosas nestas coisas, porque os homens vão directos ao ponto de forma clara, mesmo que achem os seus esquemas subtis e elaborados.
Até aqui há uns anos, os homens eram educados para não mostrar emoções, serem frios e distantes. A minha geração foi a primeira que já não foi educada assim. Demonstrar emoções é coisa que não perturba. Se não as demonstramos, uma de três coisas pode acontecer: a) não estamos interessados; b) estamos interessados noutra pessoa; c) não estamos para nos dar ao trabalho, que mulheres há muitas, por isso esperamos até vir uma menos exigente. And that's all folks! Se um homem se esgueira a falar muito sobre emoções é porque ou não quer entrar ou quer muito sair da relação e não sabe bem como. Não nos incomoda a nega propriamente. Mas como elas pensam que ainda nos vemos como heróis de capa e espada prontos a servir a sua donzela, ou uns Steven Seagals prontos a andar à porrada por elas - o que no fundo até desejam, mas não admitem - detestamos ser desmancha-prazeres e dar más notícias directamente. E por isso adoramos tanto E-mails e SMS, formas ideais para acabar relações. As mulheres escreveriam cartas, debateriam semanas se era a atitude certa. Nós não, simplificamos ao telemóvel ou no MSN, evitando uma cena emocional. Nenhum homem que eu conheço sente uma necessidade inadiável de ir ter com os amigos e desabafar sobre a última discussão (será que ela ainda me ama ou a nossa relação está num marasmo?) ou dissecar aquilo que ela disse/fez/terá pensado/queria dizer (quando ela disse és um querido estava a ser simpática ou a dizer que gosta de mim de uma forma indirecta?). Estas coisas são puramente femininas. Até ver.
Até aqui há uns anos, os homens eram educados para não mostrar emoções, serem frios e distantes. A minha geração foi a primeira que já não foi educada assim. Demonstrar emoções é coisa que não perturba. Se não as demonstramos, uma de três coisas pode acontecer: a) não estamos interessados; b) estamos interessados noutra pessoa; c) não estamos para nos dar ao trabalho, que mulheres há muitas, por isso esperamos até vir uma menos exigente. And that's all folks! Se um homem se esgueira a falar muito sobre emoções é porque ou não quer entrar ou quer muito sair da relação e não sabe bem como. Não nos incomoda a nega propriamente. Mas como elas pensam que ainda nos vemos como heróis de capa e espada prontos a servir a sua donzela, ou uns Steven Seagals prontos a andar à porrada por elas - o que no fundo até desejam, mas não admitem - detestamos ser desmancha-prazeres e dar más notícias directamente. E por isso adoramos tanto E-mails e SMS, formas ideais para acabar relações. As mulheres escreveriam cartas, debateriam semanas se era a atitude certa. Nós não, simplificamos ao telemóvel ou no MSN, evitando uma cena emocional. Nenhum homem que eu conheço sente uma necessidade inadiável de ir ter com os amigos e desabafar sobre a última discussão (será que ela ainda me ama ou a nossa relação está num marasmo?) ou dissecar aquilo que ela disse/fez/terá pensado/queria dizer (quando ela disse és um querido estava a ser simpática ou a dizer que gosta de mim de uma forma indirecta?). Estas coisas são puramente femininas. Até ver.