quando uma janela aberta era
todo o tempo que por ela passava,
os anos seriam um longo sorriso
assistindo à infindável partida
dos príncipes.
eram barcos e barcos,
um vazio imenso onde os homens partiam
sem que viessem os fantasmas acenando
eram os campos desertos
imaginando o seu próprio trigo,
eram as marionetas ascendendo
ao encontro do tempo:
da ferrugem nascia um império
diziam...
mas era agora o mar que invadia a terra
era um país inteiro
suspirando as tetas salvadoras,
espalhar nos olhos sublimes gestos
anunciar solenes giestas.
Alice, podes subir.
são deste lado as maravilhas. não
desistas de nós: somos
ainda vozes e pássaros. e
não sabemos como desistir da noite.
in "Labirintos"
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