em tebas o nilo,
mais além um chão de névoa:
fazer da vida
um oceano sem náufragos
um risco largo e ardente
nenhum búzio inútil
o mar é tanto.
expulsar as aranhas
dos muros, das profecias, dos altares,
surpreender a cidade
quando beija os seus fantasmas
e mesmo assim poder dizer-te,
na berma do apocalipse,
quantos mortos sentiram o frio
dos teus dedos
quantas vezes o céu estalou
pela noite dentro,
aceso ao sinal dos teus passos.
em frankfurt um retrato
esquecido numa manhã de facas
-espuma na boca-
no mármore a juventude
velha lenda, velha senda,
baile de máscaras em Veneza.
dos muros caiados
a raiva escorre
-nunca mais um nome
para a nossa sede:
andreas baader
in Labirintos
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