a Andrei Tarkovski
na rota da luz
depressa se arrasta o corpo
até à luz, enquanto se pintam
na estepe os últimos ícones
depressa os dedos alcançam
a margem, enquanto
os barcos inventam outros barcos
é só o tempo de escutar
como as sombras se esvaziam
e te atravessam os lábios
os mais claros objectos
as mais fugazes cintilações.
in "Labirintos"
Também gosto do Tarkovski! Boa!
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