eu sei que a relva é suave
e nos poços há punhais
de mel
eu sei que há um poema selvagem
galopando
no último reduto das coisas
eu sei
do fingimento,
das horas inúteis
na véspera, meu amor,
há sempre lábios sujos
olhos tardios
errando
p’lo vértice da chuva.
in "Labirintos"
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