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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006
NSA TSA
Nesse tempo em que havia mar, mares,
braços decepados tacteando filigranas
e cipós de espuma nas proas
do ventre da poeira
erguiam-se carnavais inesperados
e acrobatas saídos de um sonho,
enquanto a língua se espreguiçava
nos lírios.
sou desertor e nasci
no mês de maio,
quando o poema entra na paisagem
e as paisagens são proémios
para a deserção.
nesse tempo
éramos náufragos:
nem o silêncio das espadas
lembraria assima vertigem da terra.
in "Labirintos"
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